quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Descarnadas palavras
são secas as palavras
lavradas na agitação
da tempestade
quando engendradas
sem noção
são palavras descarnadas
despidas de razão
vestido de seda rasgado
com maldade
pés descalços caminhando
sobre pedras
tingindo de sangue o chão
pronuncio de má sorte
nua aparência de sorriso
apagado
tanta manha tanta arte
nada mais são
que palavras descarnadas
ditas num momento de ilusão
palavras lavradas sem convicção
desfazadas da verdade
são palavras descarnadas
que se perderam na multidão

por ukymarques:
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2013:

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Guardo momentos de nós
no silêncio exaurido  de mim
na insanidade intensa
de um coração apaixonado
nos muros surdos do meu corpo
que os teus dedos percorrem
retendo-te em mim

ukymarques:
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2013:

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

No uivo raivoso do vento
adivinho tempestades
dissipando a poalha
do caminho a seu contento
na dobra da toalha
descansa as suas vontades
não ouve o grito nem o pranto
de quem lhe diz para abrandar
indiferente,segue o seu caminho
viajante sem destino
sacode as ondas entorpecidas
de um mar ocioso
que se agitam em completo
desassossego
sem pudor fecunda as montanhas
como um feudal senhor
em trovões de tornados,furacões
faz chorar,planices e vales vagueando,
em seu redor
como um amante enlouquecido
a quem lhe roubaram o amor
 sofre em
tormento

por ukymarques:
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2013:

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                     

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Entrego o meu corpo
despido a este mar
que me salga
pigmentado de céu azul
celeste
numa cama de areia fina
deixo que a água me tome
em leves carícias sensuais
deixo-me envolver
buscando o prazer,de renascer
no toque suave da espuma
de seios nus desafiando,o universo
só me visto de desejos
neste sentir enebriante

por ukymarques:
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2013:
neste

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Sempre me quis assim
 flutuando nos teus braços
não tenho palavras
para descrever a leveza
que sinto em mim
entrelaça-me nos teus,
abraços faz-me deslizar
suavemente,como o vento
faz deslizar a pena
que solitária o espera,
caída no chão
sempre me quis assim
flutuando nos teus braços
ausentando-me de mim
ficando em ti assim

ukymarques:
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2013:




r

quinta-feira, 10 de outubro de 2013


Refugiei o desalento nas sombras do mundo
cerzi o tempo num poema
nas sonolências que dormitam,junto à lareira
silenciosas bailarinas,dançam fantasmagoricas,
danças nas chamas,resplandecentes do lume da paixão
num ritmo inventado
num suave e doce enleio,na sensualidade,do movimento
na beleza do poema,cerzi o tempo nas arestas do vento



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Ainda não é tempo:

Ainda não é tempo
de te dizer,que te amei
no dilúvio dos meus olhos
o quanto,te chorei
talvez  quando as folhas
caírem sopradas pelo vento

talvez quando o meu corpo
descansar sobre o rochedo
das águas dormidas,daquele mar
a ouvir o gemido rítmico,do vento

talvez quando deixar de ouvir
o teu riso sonoro,acompanhado
do marulho,fresco e húmido,das águas
nada pode tirar-te do meu,coração
ainda

inerte no silencio das vagas
lembro-me de ti com emoção
deixei-me,naufragar docemente
no choro místico,das ondas

onde solucei as minhas mágoas
ouvindo a noite,lutando,com as  madrugadas
ainda não é tempo,de te dizer que te amei
talvez um dia!quando as folhas caírem sopradas
pelo vento

talvez te diga,que não te tenho
mais, no meu pensamento
talvez quando os meus olhos,
deixarem de ver,a luz da lua da lua

refelétida no mar,e os meus ouvidos,
deixarem de ouvir,o gemido rítmico do vento
então talvez te direi o quanto te amei

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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Desencantamento


Desencantamento:


Embriagada noite entontecida
perdendo as madrugadas da
tua vida
nas manhãs prenhes de luz
na imensidão do infinito
na frescura orvalhada, das romãs
no vermelho ocre,do entardecer
dos sentidos
despertando entumecida,
nas pardacentas,brumas
da memória
há tanto tempo fechadas,
nas gavetas da solidão
forradas de seda amarelecida
onde sufocam,os ais no peito oprimidos
na escuridão,deixada pela lua desaparecida
no desajustamento da vida

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sábado, 5 de outubro de 2013

Não me sinto, nem me enxergo
apenas sei que estou algures por aí
saciada a minha loucura de viver
deixo-me morrer
parece até que a morte já veio
há quantas vezes me queria louca
de alma inquieta, na irreverência total
da loucura
onde o silencio se faz vivo na lisura dos céus
onde os anjos cantam no jardim das madrugadas
hossanas de gargantas desafinadas
trocando brejeiros sorrisos, e beijos na luz estridente
das manhãs
há como queria a minha alma,assim transgressora
mas há-de ser assim um dia,em que eu me ergo
sobrevoando os céus abraçando o vento
na irreverência total da loucura  

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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Sempre o  Silêncio:


o tempo oscila
levemente
na acidez da vida
respiramos nus
desesperadamente
nus
numa quase obscena
inocência
nossos corpos estão
nus
atravessando-os pensamentos
inquietos
na imóvel manhã sonolenta
de sol esvaziada
também eles nossos corpos
estão cansados
quase impedem o sangue de circular livremente
respiramos nus
desesperadamente nus, no estalido arrepiante do silêncio
rodopiamos perdidos no tempo
evitando cair nas crateras que se abrem em nosso redor
respiramos nus desesperadamente nus
num tempo que oscila levemente na acidez da da vida

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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Carta a um amor ausente:

Curvada sobe o peso da saudade
anda a minha alma
que imbuída de sentires dolorosos
não se aquieta,na lonjura da tua ausência
vive sem vontade
vagueio os meus olhos pelo azul infinito do teu olhar
nos dias que o sol deixa de ser envergonhado
nas manhãs límpidas do meu acordar
será que um dia saberás a verdade deste meu amar-te
perco-me no silencio de mim,porque tu habitas-me
meu coração é uma casa cheia onde só tu tens lugar
meu amor não te esqueças da minha morada
espero ansioso a tua chegada,vem comigo coabitar

ukymarques:
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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Como choram as folhas:

como choram as folhas ao sentirem que se desprendem das árvores
débeis sem força para resistir a sua vida chegou ao fim
um vento suave as sopra delicadamente,enquanto uma chuva miudinha lhes suavisa a queda
tombando docemente aos pés das árvores que exibem tristes a sua nudez 
na cumplicidade de uma juventude perdida,,passeiam lado a lado pelo bosque,
um casal de idosos, que vêem chegar ao fim, a primavera das suas vidas
tais como as árvores
para eles já não há mais primaveras,mas outonos, as árvores essas sim!
renovam-se a cada primavera
eles a cada primavera vão ficando mais enrugados e esmarelecidos 
como troncos de árvores envelhecidos
na saudade duma primavera que não chega mais,vão caminhando lado a lado
lembrando resignados na melancolia nostálgica dos outonos,como foram lindas
as primaveras das suas vidas, partilhando agora com emoção os doces instantes vividos,
que a a beleza serena do outono lhes faz recordar, num sopro do vento que lhes acaricia o rosto

por ukymarques:
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