terça-feira, 30 de setembro de 2014

Os pássaros voam inquietos:

Os pássaros voam inquietos,
enchem o espaço dum céu cinza
como se não houvesse amanhã
tem olhos distraídos voam sem
destino,estão como eu
sentado to terraço com o olhar
extraviado,pergunto-me entre,
suspiros ardentes,será tempo,
de eu ainda escalar até ao cume?
regresso a mim abrindo uma fresta
no meu âmago,apanho as palavras
extraviadas, que saíram em surdina
dos meus lábios irrequietos
no sideral silencio do entardecer
ouço somente a minha voz
a luz do dia dilui-se no espaço
o vento traz até mim,o eco duma
musica inaudível
fugidiamente relembro  as palavras
ditas neste terraço,sobe as luzes
das estrelas de ti meu amor
sim ainda é tempo de  eu escalar,
 até ao cume
e gritar bem alto, deixa que os meus olhos
se encham de ti,e se aquietem no teu olhar-me

por ukymarques:
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sábado, 27 de setembro de 2014

Esta noite:

Esta noite espero-te, quando o vento for embora
e a lua vier para alumiar-te o caminho,há ainda
lâmpadas na aldeia que ardem incertas na dança
do vento
estou só na solidão absoluta da tua ausência,frágil
como uma criança,ah!! mas há vento lá fora
vou pedir-lhe para ir embora,para puder ouvir os teus,
passos pisando docemente as folhas que atapetaram o,
teu caminho,
são folhas do outono que vieram até mim,para suavizar
o teu doce caminhar,espero-te esta noite,quando o vento
for embora,e o teu coração te disser para voltares
depois subiremos os dois a vertente da montanha,que vai dar
ao pico do nosso amor,onde nos voltaremos amar,até o dia raiar

por ukymarques:
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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Com letras invisíveis:

Com letras invisíveis escrevi no teu caderno
de folhas transparentes,para que tu fosses a única
que soubesses lê-las,formando a palavra amo-te
imaginando ouvir sussurrar aos meus ouvidos
a tua melodiosa voz
também te amo muito!sinto a pele arrepiar-se-me,
ao toque suave das tuas caricias,tão leves como a folha
que docemente se desprende do ramo que a sustinha
vagueio nas lembranças de ti meu amor, e nas ilusões,
que eu invento,embarco nas ondas do meu devaneio
e levo-te comigo,por esses mares a fora
és a brisa que me refresca em dias de estio,no deserto longo
da minha caminhada,quero que saibas que rodopio no tempo
à tua procura,sonho ver o teu rosto,que me sorri lá ao longe
anda ter comigo!só por esta vez,brado aos céus desertos para,
que tragam até mim
hás-de  de vir de certo,quando eu já não possa dizer-te como te amo,
queria tanto dizer-te como doí ter-te perdido meu amor!!
subitamente irrompes na minha frente bela e frágil como um lírio branco
no inicio da primavera!...

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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Toco este outono com as mãos de sentir:

Toco este outono com as mãos de sentir
nestes olhos de ver
cheiro o chão molhado,no ventre da terra
quente
silencio os meus pensamentos para ouvir
o seu gemido inquieto
sulcos profundos abram- se  nas nuvens
que correm desordenadamente num céu
escuro
inundando a terra com as lágrimas doces
refrescando-lhe o rosto,nos intervalos,de um verão
que acabou, até à chegada dum inverno frio
que lhe congela as entranhas
enquanto as gaivotas sobrevoam a praia vazia
na voragem das ondas
sinto uma nostalgia que chega a doer, ao olhar a espuma
branca das ondas,que salpicam areia
 como se fossem flocos de neve
batendo leve na cara d'agente

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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

entre os sussurros da tardinha:

Entre os sussurros da tardinha
afogam-se as minhas mágoas
em soluços de querer a alguém
mais que a mim
entre agonias dum por de sol,
que parte para longe,para o além
queria velo assim, tão perto de mim
queria puder tocar-lhe,sentir o seu,
abraço de despedida
mas vai embora,como o amor no,
tempo das amoras,tingido de rubras,
paixões
chega a noite, e com ela as luas e as,
estrelas,para enamorarem os poetas
tristes amores,tão pálidos sem cor
que murcham logo como as flores
tão longínquos eu os vejo,como uma,
pomba a voar
que se vai afastando do meu olhar,
como o por do sol à tardinha

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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Alentejo diverso:

Soletro as palavras que o vento cansado balbucia
ao meu ouvido,nas horas cercanas do meio dia
quando o sol tomba na planície
estendo os braços ao mundo,desalentados caiem-me
ao longo do corpo, como os frouxos ramos das árvores,
exauridas pela sede,estendendo as raízes pela terra de ventre
fervente,na busca incessante de um pouco de água
onde pudessem beber um pouco desse precioso líquido
que também os meus olhos procuram,mas só vêem em frente,
a planície onde só o sol ondeia,exalando da terra um bafo quente
soletro as palavras que o vento,balbucia cansado, e sonolento
como por milagre abro os olhos, e vejo à minha frente uma árvore
frondosa vestida de verde,onde os seus ramos se espelham uma lagoa
d'um azul céu,quando está contente,meus olhos pasmam diante de tamanha
descoberta,quando à pouco,o meu corpo desfalecia à mingua de um pouco
de água.
Alentejo diverso como me surpreendes,com tanta austeridade, e tanta inocência
sinto uma alegria, que se confundem com as mágoas,quando de ti me afasto
deixando-te para traz,nas asas da aventura atravessei-te,desbravando tanta terra
de vermelho ocre, que tingiam os meus pés,sentia pular dentro do meu peito um coração
cansado mas feliz,num êxtase infindável quando,o sol se escondia para lá dos montes,
abraçando a terra num abraço caloroso, desmaiando de tanta paixão,deixo-me ir no teu,
lânguido olhar adormecido, assim me beijas com os teus lábios escarlate,dizendo-me adeus!...

por ukumarques:
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