quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Na esquina do tempo:

num caminho deserto
na esquina do tempo
no sopro do vento
no falar da chuva
no estampido do  silencio
que me rebenta dentro dos
 ouvidos
no jardim do infinito em nuvens
 cor de rosa
deitei-me em cima da relva
 e sonhei contigo
 amarrei a madrugada
ao teu silencio
num sonho todo feito
de incertezas
na noite que era dia,sonhei
com os meus olhos tão calmos
 num mar de luz,  vi a lua
 a boiar sonambula sem rumo
pé-de-cabra a forjar meu destino
 num nó de soluços
minhas lágrimas esgrimas da minha
vontade
tempo perdido cozido num fio de linho
 tempos dos meus sonhos, tempo dos mesmos
instantes
 mascara de sal  fustigada pelo vento
 nudez exposta bordada  na ribalta do ócio
 na tarde de estio
nada sou! apenas lembranças doutros tempos
que oscilam em véus de tul
 num caminho deserto na esquina do tempo
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17/11/2011:

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Escondi as tristezas num cofre de segredo:

entrei no quarto vazio
escondi as tristezas num
cofre de segredo
 vesti-me de alegria
pois não quero ir para
o degredo
o desterrado amor partiste
muito em segredo
 meu amor rosto sem figura
meu carreto de sonhos
 meu retrocesso minha infancia
meu sonho assertoado
 nas cambraias dos meus
suspiros
fechei na mão os teus sorrisos
nos degraus da minha
angustia
numa incerta melodia
numa cascata d"água
nos cristais da tua ausencia
sou espasmo de luz sou janela
 de vitral
sou astro perdido na bruma
 sou mar vestido de chuva
sou  a nuvem que passa
 sou   prado verde
 na primavera a florir

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16/11/2011:
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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Aqui onde o mar quebra:

aqui onde o mar quebra e as ondas
rebentam em cachão
perco o olhar neste  vasto mar
divago em ansiedade,meu coração
em mim sepulto
aqui onde mar quebra e as ondas
rebentam em cachão

quando a lua surge e o mar se acalma
 vejo-te dançando nas estrelas
vestida e tules e rendas
 misteriosa dançarina, luz dos meus
 delírios miragem ilusória
que os meus olhos veem de ti
quando o luar surge e o mar se acalma

flor lírio branco que nasceu no meu
 jardim 
nas brisas da manha desabrochas
os lençóis do meu leito perfumas
aqui onde o mar quebra e as ondas
rebentam em cachão
esperei por ti  numa noite de verão

sou triste marinheiro que naufrago
em ondas de amor
dom Quixote  sonhador na penumbra 
do oceano, onde dormo em camas
de espuma 
 aqui onde o mar quebra e as ondas rebentam
 em cachão
meu amor inventado que se esconde na bruma

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14/11/2011:

sábado, 12 de novembro de 2011

Nesta solidão dormente:

nesta solidão dormente em pálidos silêncios
dum amor fragrância
que de exaltação está moribundo
rosas vermelhas murcharam, no jardim da minha
paixão
soltam-se em pétalas tristes lágrimas salgadas
dum mar agitado
 desce a noite no meu corpo
sentada na minha cama bordo poemas
n"angustia da alma que me doí
na raiva de te recordar,  no pó das cinzas
que o vento dispersou
grito o teu silêncio nesta solidão dormente
no espaço do tempo
dum amor moribundo fiado no destino
como frágeis fios de aranha
não quero mais castigar o meu sofrimento
nesta solidão dormente no espaço do tempo

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12/11/2011:

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Moldei este poema:

 moldei este poema numa obra em verso
neste abraço que te dou,moldei a minha entrega
 cinzelei a esperança numa onda grande de espuma
que murmura muito em segredo à um tempo
 a descoberto
chovem bátegas de silabas nas paginas brancas
do livro escrito  no vento,voam palavras num esgar
do sentimento
anda o amor apregoar coração dorido,nas revistas
 expostas nas bancas
chora saudade  o talento  proscrito,sorrindo viçosa
a menina da janela, ata as tranças com fita amarela
 casas a florir jardins a sorrir numa quadra d"improviso
 como uma gaivota voando
gaguejava a poesia trocou o leite pelo vinho e foi beber
 um branquinho
num sorriso coçado de desalento de bocejos amarelos
tombolas falsas e o céu não é azul carrossel partido
 na feira das vaidades

 Pu-uky marqes.
im.. Uky:
9/11/2011:

terça-feira, 8 de novembro de 2011

quero-te no calor do meu leito:

de mim não fujas
amor
que te quero nesta noite
no calor do meu leito
assim cingida a mim
neste foco incerto que a luz
mal derrama mal ouço a voz que dentro de mim
clama
nesta noite chuvosa e de frio
se eu pudesse dormir sobre o teu seio
sonho que sou um menino
que tu acaricias junto do teu peito
onde geme outro vento
e se acende outro dia onde  o mar quebra e
os ventos estendem seus lamentos
choro de solidão no espaço constelado
deste louco amor
como num sonho mau só ouço  um não
que inquieto desejo me tortura nesta noite fria
aqui neste lugar dentro de mim
corpo que me deslumbra fogueira que me incendeia
 a nossa ventura é no vento que passa que a ouvimos
é no nosso silencio que perdura
de mim não fujas amor que te quero esta noite
 no calor do meu leito

Pu.uky.marques:
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8/11/2011:

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

No silencio da noite fria:

no silencio da noite fria
chora alma que sofre
não tem mais calor
está só na noite fria

das alegrias ficaram penas
sombra d"um amor fugidio
dos olhos caiem lágrimas
sol que não brilha nas paredes
 d"um quarto sombrio

morrem nos sentidos
no silencio das noites
frias
 sonhos imaginários
espalhados pelo chão
aninhados na alcatifa
 nas noites frias

no vácuo eterno
num sopro
 de desalento se esvai
no meio  da noite
do silencio glacial

 pu uky marques:
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7/11/2011:

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Senti o frio gélido:

senti o frio gélido
do teu beijo
na minha fronte
lívida de amor
morta de desejo

morte que me matas-te
no silencio
calado dum amor afogado
num poço de água fria
de onde fogem assustados
 pombos bravos

acordando ecos num descampado
num encontro com o infinito
onde o tempo demora em chegar
às frestas da alcova onde nos amamos
sem parar

magoa acabar choro o que perdi
gélida e cinzenta dor
que me desgasta nesta débil luz
que me banha
olho-a e dentro da minha alma afogo-a
como numa janela fechada
não entra luz

pu uky.marques:
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4/11/2o11:

Em miragens de falsos horizontes:

 em miragens de falsos horizontes nas tardes d"um outono de caricias magoadas,vislumbro ao longe um cais fingido de barcos,amarrados sem puderem navegar,diz-me quem sabe por motivos urgentes ficarem acorrentados ao cais sem puderem navegar, em grande tédio balouçam sobre o mar,fantasmas doutros mares alem prostrados no torpor dos leitos, sem sonhos para recordar,
o silencio é um grito da raiva calada, dos fantasmas da barca ao cais amarrada
nas tardes d"um outono de caricias magoadas, raiva e impotência,num mar revolto de ondas castradas, num país à beira mar plantado em miragem de falsos horizontes...

pu uky .marques:
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4/11/2011: