sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

No perfil das palavras

No perfil das palavras tão desgastado tempo
suspende-se a vida nas artérias encharcadas
de vazio,no olhar cansado do horizonte, mar
dolente a chorar,passos fatigados n'areia a
caminhar
rios pardos que já não sabem onde desaguar
no enigma da vida sempre tropeço
resta-me o canto dos pássaros,que da janela
do meu olhar,vejo  a voar
num derradeiro voo, antes da noite chegar
abeirando-se do umbral da espera,no ressurgir
doutro dia

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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Vou desembrulhando a noite:

Vou desembrulhando a noite devagar
docemente,no doloroso definhar do tempo
horas a fio
toco o vazio,no espaço vasto da solidão
ouço as vozes do silencio, que estridentes,
ecoam aos meus ouvidos,tecendo a morada
da desolação
suspende-se a vida,por breves instantes
no emaranhado de teias de aranha,
tão frágeis como o piar  dorido do passarito
que ficou abandonado no ninho,ressurge o dia
ténue envergonhado, não sabendo se vai ser feliz
são seis da manhã e ainda não preguei olho
divaga o meu espírito,por caminhos desconhecidos
ainda o meu sonho,a sustentar o meu querer
de penetrar nos recantos escuros,seguir o caminho
das estrelas,pela curva ágil da vida

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1 12/2015:

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Momentos


As horas foram caindo devagar, uma a uma
de mim a incerteza,de não sonhar mais
um mundo limpo, onde  as crianças  brincassem
a inocência de  olhar sem mágoa
no riso feliz dos lábios puros da meninice
nos jogos simples, e ingénuos,na primavera da vida
onde os sonhos se desenrolam suaves e cor de rosa

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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Num entardecer distante:

Num entardecer distante, que vai do meu olhar ao teu
vejo mundos de esperança,quando os teus olhos extasiados
riem
excêntricos desejos,se afolaram  à pele do meu corpo
como ressonâncias fundas d'uma força que atravessa a carne,
quando me abraças, em ondas exaltadas navego,de tanta loucura
e doidice
ao certo não sei,como se mede o amor,elevam-se os suspiros
ao céus,eclodem as lágrimas da alma,nos contornos dos meus lábios,
cálidos,que anseiam pelo toque acetinado dos teus,depois do sol posto
quando os corações pulsam ritmos apressados
a noite cai mansa,silenciando o canto das aves, apenas o silencio deixa
ouvir o respirar da tua pele

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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

as palavras ecoam

As palavras ecoam para lá dos meus ouvidos
levadas pelo vento,elas vão para lá do mar
levam com elas um toque meu,no grito do tempo
no muralhar das ondas no areal a descansar
em conversas vagas,tremulando ao vento
borbulhando mágoas.num magoado cantar

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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Vou a caminhando:


Vou caminhando à beira do mar
na frescura gloriosa das manhãs
quando o sol se levanta
dourando as areias da praia
só o meu pensamento está presente
minha alma distante,como as vagas
de brancura frígida da espuma
no limiar do tempo,lá ao longe na janela
escancarada do meu olhar
súbitos halos de uma vaga melancolia
me  invade
há um vento suave dançando no areal
acenando-me com acenos de paz
trago os olhos naufragados neste imenso
mar,
como barquinhas de papel sempre prontas
a navegar

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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Foram-se os sonhos:

Foram-se os sonhos
o vento os arrastou
num vendável de emoções
as horas caíram gota a gota
como a chuva caia do céu
no choro cadenciado das nuvens
nos gestos contraídos de  mim
estendi as minhas mãos brancas
na noite escura,na tua procura
esperei-te mas tu não vieste
faz tanto frio dentro de mim
nada há nada pior que este sonâmbulo
abandono

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sábado, 19 de setembro de 2015

Estendo os braços à vida:

Estendo os braços à vida
que me chama
de cabelo ao vento eu vou
desbravando mundos
que não conheço
levo nos lábios a secura dos
anseios retalhados
o sol ergue-se nas montanhas
nas mãos desertas nasce-me
um oásis de esperança
ficam para trás ecos bastados
do descrédito, de todos os sonhos
mortos, silenciados nos gemidos
surdos do infortúnio, nas noites
sem luar
a vida não se fecha,é um desabrochar
de flor num corpo de menina,que a faz mulher

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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Olhares:



Tinha os olhos distraídos passeando o olhar,
pelos roseirais,abertos em pétalas perfumadas
que me embriagaram,no éter do seu perfume
senti-me transportada,para lá da pequenez dos,
homens
todo em mim se pusera à disposição das energias,
cósmicas,senti-me embalada pelo alegre serpentear,
do regato de águas cristalinas,onde a minha alma procura,
matar a sede
na harmonia espiritual das coisas,mansas,no cheiro da seiva
da terra húmida,germinando o trigo,que há-de ser verde,
sobre os campos da esperança
o sol caia  perpendicularmente em tudo, reduzindo as sombras
fazendo pausa no tempo, parado no meu olhar

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sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Gritaste ao vento o amor que te habita
o fumo do teu cigarro elevasse

ténue  em direcção à face  da lua
o vento grande levanta-se em vaga, de longe

ele levará teu grito para lá da outra face,
da lua
tão longe de ti,onde o teu amor dormita

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terça-feira, 28 de julho de 2015

Ccomo eu te sinto amor:

Como eu te sinto amor:

 a sós com ele no espaço da tarde
como esvoaçavam,as minhas anciãs
olho-o. fito-o, vejo nele a chama
que me arde
o sol desce no ocaso,serenando -me
as mãos cá-lidas caídas sobre os meus,
ombros nus,fazem-me estremecer,
semicerro os olhos,de prazer
para que nada me desvie deste Ilídio
só ouço a grande voz que fala dentro,
de mim,
olho-o,ali tão sereno de olhar tão profundo
a ver-me para lá de mim,como me paralisa
aquele olhar,olho-o à procura das palavras
que sei guardadas no seu coração,porque
não mas diz ele?
sinto a sua respiração,junto ao meu rosto
procurando-me os lábios,que beija ávido
calando assim as palavras que não conseguia
dizer-me

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terça-feira, 7 de julho de 2015

Desta vez sou eu que quero:

Desta vez sou eu que quero que tu venhas ó morte
eu sei que tu virás,com pezinhos de lã
mas vem pela tardinha quando o sol  se for esconder no mar
e o céu estiver alumiado, em clarões tons de laranja
vem ainda quando eu estiver consciente, senhora e dona das minhas,
faculdades
vê-lá  se chegas suave, como a brisa  que me chega vinda do mar,
com cheiro a maresia, refrescando-me a alma,só te peço que me dês tempo
não te apresses,deixa-me partir calmamente,eu sei que já me marcaste a viagem
sei que esta viagem é só de ida,pois será diferente de todas as que fiz,com ida e volta
mas desta vez será tão somente de ida
nem sequer sei o destino,sei que te não vou ver, mas com certeza que vou dar pela tua presença
deixa que seja eu e não tu,que desligue o interruptor que me liga à terra que me concedeu esta vida  que eu tive, que desligue as luzes, para que possa partir em sossego,pois gostaria de alvorecer numa
alvorada límpida e pura,seja em que parte incerta for, sei também, que não posso levar bagagem
pois assim a viagem fica mais fácil,sem preocupações de se transviar,ou serem roubadas
 e vou terminar este meu recado para ti, mas espero puder-te perguntar,porque é que tu tens nome de mulher,não me deixes no silencio sem fim,e nem me deixes na escuridão completa leva-me até ao mais alto cume da incógnita montanha

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sábado, 23 de maio de 2015

Os corações:

O
s corações batem ritmos,ora  lentos ora apressados
mas também batidas cadenciadas,sobre a profanação
dum belo entardecer,com os pássaros a voar no firmamento
enquanto o sol se desvanece,em suaves tons alaranjados
e os olhos se perdem extasiados,por esse mundo imaginário
nas batidas cadenciadas dos corações com sentimentos
silenciosos os gestos afundam-se, na religiosidade da terra
inocente
de súbito todo assumiu outro sentido,na poalha dourada da luz
amanhecente,ser tempo certo,erguendo-se do chão, nascem
incalculáveis nenúfares de cristal
e os corações continuam a bater ritmos lentos, ora apressados
na limpidez  do olhar inocente d'uma criança

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quarta-feira, 20 de maio de 2015

Sonhos:

Como se os sonhos dançassem, diante dos meus olhos
vestidos de muitas cores,fantasiados de esperança
olhava em volta,e não conseguia ver quem neles entrava
tal era o o seu rodopiar frenético,parecia que precisavam
de ficar entontecidos
ilusões, quimeras,tudo parecia que rodopiava no tempo
esquecido,na caminhada da vida,mas os sonhos continuavam
a dançar,vestidos de muitas cores,indo na onda ondeante,
da fantasia,esperando que as vagas, altas das marés,se acalmem
para que eles continuem a dançar,fantasiados de esperança
nas acalmarias da bonança

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sábado, 2 de maio de 2015

Peço-te que inventes outro Abril:

Peço-te que inventes outro Abril
para que o povo tenha a segunda
chance de gritar viverei a liberdade
sem ser preciso imigrar
para que não seja preciso suplicar
ternos milagres impossíveis
para que se ascenda dentro do peito
da gente,a vontade de ser  português
temos a alma cheia de sorrisos vazios
encontramos-nos num beco sem saída
do chão erguem-se fantasmas do medo
do ter que abandonar a família, a terra
mãe,tão mal tratada,neste outro Abril
que deu em nada
lágrimas derramadas caídas no chão
dos que ficam sem o pão,partem os
filhos os netos toda uma multidão
uns vencem outros não,tantos sonhos
envenenados,partem para longe querendo
querendo fugir da penúria cruel
de ficar sem casa sem nada
partem nos transes da aventura,porque lhes foi
negada a liberdade,de ser gente com dignidade
por isso te peço que inventes outro Abril
para que não seja preciso mais ausências deste
portugal quase vazio



As palavras:

Livres como o vento são as palavras
que invento
quando se desenham,na terra flores
lavo as manhãs e os dias, com palavras,
depois deixo-as ir, como pena de pássaro
tocada pela brisa suave do vento
com palavras me ergo e me reinvento
como eu gostava de ser todas as coisas
e ser  coisa nenhuma
gostava  de ser sombra dos teus seios, e da tua boca
sombra  das árvores para refrescar os teus beijos
da-me a tua mão,deixa que caminhe contigo
nesta minha solidão,
depois fica comigo.a ouvir esta melodia do silencio
abrigados da chuva,agora sem palavras inventadas
as palavras são a seiva do amor,também da ilusão
prenhes  de luz, são as palavras que nos seduzem
atravessa-me o corpo, um rio de palavras,que ficam
muitas vezes sufocadas,
e contidas, na minha garganta


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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Respiro a tua pele:

Respiro a tua pele no aroma
fresco das madrugadas
quando os lençóis de linho
retêm  o aroma adocicado
do teu corpo
quando tu me seduzes e persuades
nas noites que inventas,só para mim
a clareza do sol,não é mais pura
que a tua formosura
sou um trémulo amante,que havido
do teu amor te bebe,és gota de orvalho
desnudado que cai pela madrugada
no meu rosto
apagando redemoinhos de fogo,que tu,
incendeias,com os teus olhos,cor purpúrea
das manhãs,teus lábios,suculentas cerejas,
carnudas
que os meus dentes mordiscam suavemente
à luz débil do luar,aguardando o regresso,
do teu corpo ardendo em paixão,o murmúrio
das tuas palavras com que me enlouqueces

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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Prenhe Luz:

Prenhe de tanta luz
o dia rebenta de felicidade
meu peito transpira de ansiedade
vem sentar-te aqui,bem juntinho
aos meus sonhos
espreitando a mentira da cidade
o rio corre lento,levando nossos
beijos na corrente,como o doce
tocar da abelha na flor do rosmaninho
a pesar de nada ser perfeito,como eu gosto
desse teu jeito
e neste enlevo total me deixo envolver
nos tentáculos deste dia,onde a tua presença
é pura magia
não digas nada,olha só como nos é indiferente
o bater do coração, nesta tarde de verão
no índice de fogo de todas as paixões

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quinta-feira, 16 de abril de 2015

Meu olhar o Alentejo

As papoilas nascem vermelhas,
pela terra imensa mordida de dor
nas planices alentejanas,regadas
com lágrimas e suor
também delas,brotam flores de tantas,
cores,embriagando-me o olhar
vejo as cegonhas lá do alto no ultimo andar
do poste da luz, que não se ascende, nas noites
escuras,
mas onde o sol dardeja calor, logo ao raiar
envolto em silencio, o ar parece ficar mudo
há em mim, uma felicidade inviolável ao olha-las,
ali se encontra a eterna pureza do mundo
olho a sombra da azinheira, lá ao longe,com  seus,
cabelos negros espalhados pelo chão,
até o sol se deitar,a brisa passa leve como o meu
pensamento
para o canto das cigarras,no cheiro a terra molhada
no trovão que rasga as nuvens, pela madrugada
cheiro que eu retenho no meu coração, com tanta,
emoção no meu respirar extasiado

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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Antes que o amanhã se esgote:

Antes que o amanhã se esgote para sempre,
a noite sangra a madrugada, que desperta
em bicos de pé,nos mares onde navega,
o meu silencio
perseguem-me os restos dos fantasmas
que ainda não esconjurei,habitam um futuro
incerto,no ritual do tempo,como uma sombra
finada,que cai no chão estatelada,secando-me,
na boca o riso,que ia rir,limo as cicatrizes da saudade
vou polindo a solidão, que me aconchega,nos meus,
olhos naufragados,na noite doridamente sussurrada

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quinta-feira, 26 de março de 2015

se o mundo fosse feito de papel:

Se  o mundo fosse feito de papel colorido
que bonito que seria
como seria se a chuva o molhasse
talvez o sol se pusesse  por de baixo
da nuvem
para o mundo secar depressa,e o mundo
não desaparecesse,e assim viveríamos num,
mundo de muitas cores
e assim haveria manhãs lindas,cheias de azul
luas cheias de bolinhas,e noites pintadas de  flores,
pequeninas,e as tardes pintadas com muitas andorinhas
voando nos céus, pintados de muitas cores

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terça-feira, 24 de março de 2015

Não deixes que o tempo:

Não deixes que o tempo te ultrapasse
rasga a tua vontade ao vento,deixa,
que ele te leve ligeiro
para lá dos condicionalismos impostos
por quem não tem moral,não fiques num,
impasse
solta teu cabelo para que seja livre e possa
esvoaçar,como a garça que voa livre
rasgando montes e vales abraçando rios com,
o seu voar
corre agarra com as tuas mãos o arco íris,de tantas
cores,não o deixes fugir,mesmo que ele se te escoe
pelos dedos,desenha um mesmo que seja a fingir
mesmo com giz de sabão,faz bolas que sopras como,
se fosse um balão
diz sim à vida não lhe digas não

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segunda-feira, 23 de março de 2015

Ouço a respiração das flores:

Ouço a respiração das flores
no germinar do poema
no acordar mudo
do mar
do meu mundo isolado
dum tempo parado
onde guardo todos os meus
amores
nos meus olhos naufragados
estendo os braços à morte, que me
chama
na noite que chega,de veludo
preto tecida

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sábado, 21 de março de 2015

Da janela do meu olhar:

Da janela aberta do meu olhar
vejo um caudal de letrinhas
rabiscos  que o vento escrevinhou
na ponta das estrelas,que o meu coração,
decifrou
só para inventar sorrisos rasgados,no espaço
vazio do tempo,só para alegrar as horas tristes
da solidão,no crepúsculo vagaroso da noite fria
galopando medos
sossegados, só quando a manhã,se levanta,desbravando
sorrisos,acende-se o dia,eclodem alegrias,põem-se em bicos
de pé no patamar da vida,vagueando pela deriva dos dias
até os últimos raios de sol, se diluírem na noite
quando todos os meus sonhos,desaguam num mar de solidão
ficando apenas o triste lamento das pedras que dormitam ao relento,
da janela aberta do meu olhar,vejo um caudal de letrinhas,rabiscos,
que o vento escrevinhou,na ponta das estrelas,que o meu coração decifrou



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quarta-feira, 11 de março de 2015

primavera

São andorinhas pequeninas,
são  como flores abrirem
ainda não sabem voar
na dança suave do vento
são meninas de tranças louras
que o sol faz brilhar
são crianças a brincar,são delicadas
estrelinhas,no céu a cintilar
são boas novas que a primavera
traz ao chegar,são sóis são luas
de luar,são marés cheias,de conchas
do mar
são aromas adocicados a madre silva
nas pedras a florir,
são campos a vicejar,de searas verdejantes
são papoilas vermelhas,
são gotas de sangue nas veias a fervilhar
é a vida da terra a brotar

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segunda-feira, 2 de março de 2015

Abrem as flores:

Abrem as flores ao sol as suas pétalas
orvalhadas, nas auroras da madrugada
são olhares de menina
na inocência do acordar,abrindo as,portas
 para a primavera entrar
no olhar traz azul,cor do céu,vê as flores
desabrochar,tocadas pela brisa suave,
das manhãs,em sintonia cantam todas as,
aves cheias de alegria
debandam os céus cheias de euforia
brincam as crianças.fazendo bolas de sabão
que o vento sopra como se fosse um balão
livres borboletas de asas coloridas voam
de flor em flor,são as meninas a despertar,
para o amor

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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Quis arrumar a minha vida:

Quis arrumar a minha vida nas prateleiras de cima
para ficar,perdido no tempo
subi as escadas do amanhã que já foi ontem
porque quero embarcar,para lugar incerto
de onde eu não possa ver,as tuas mãos brancas
estendidas sobre a mesa,na espera angustiante
de um leve toque
para não me perder, em sórdidas paixões envenenadas
quero estar lúcido, como se nunca tivesse pensado
quero dormir como se tivesse sonhado
quero acordar e ver o luar,se ainda houver luar
quero ficar perdido no mundo,onde não seja possível
ser encontrado,e amanhã possa ser ontem

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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Começa Frágil:

Começa frágil a primavera,sobe um céu azul, salpicado de nuvens brancas
na inquietude frágil,da haste da papoila,no verde salpicado de branco,amarelo
que ondula indolente, no meio das margaridas selvagens,que se agitam num tremor
suave,soprado por um vento mole,que se arrasta na imensidão dos campos,num cálido
suspiro,a orvalhar nos olhos macerados,a essência da vida,parece haver um sossego dilatado
nestes campos ermos salpicados de verde, branco,amarelo,sobraçaindo as vestes se seda
vermelha,na dança sensual das papoilas,
os pássaros correm alvoraçados pousando de árvore em árvore, recriando beijos.e alegres
chilreadas,que são ouvidas como gargalhas,aos ouvidos das montanhas,acordando
auras de silencio, que repousam num estágio de indulgência,nas margens do rio
ouvindo o seu doce murmúrio,na brisa suave de uma primavera a renascer

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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Havia castelos no ar:

Havia castelos no ar de ameias feitas de renda
havia lindas raparigas,que são damas
de honor
havia festas,havia tambores havia bobos da corte
havia réis e rainhas
havia  princesas vestidas de seda
no meio de tanta beleza,havia  também
muita tristeza
paixões tornadas ilusões,vividas com dissabores
de tão frágeis que eram,amores perdidos
no murmúrio dos corredores
havia mistérios por desvendar,havia contos de fadas
por inventar
havia uma princesa triste com medo de se apaixonar
sabia que não podia namorar,vivia de olhar perdido
no príncipe que só sabia cavalgar,

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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Hoje não dá:

Hoje,não dá para escrever, porque a imaginação ficou aprisionada,lá no fundo do abismo,onde estão aprisionadas todas as ideias, porque nos dias como os de hoje,só me apetece preguiçar,ficar assim,sair de mim,como se não existisse nada,no vazio total de mim,pairando dobre coisa nenhuma,como se fosse espuma, que as ondas empurram para fora do mar, esvaecendo-se na areia.tornando-se invisível
que nem o grito das gaivotas, nem o murmúrio das ondas do mar,ecoassem aos meus ouvidos, totalmente desprovidos da audição de tudo o que me rodeia,ficar assim no abstracto,sem o concreto,ser eu sem o ser

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sábado, 21 de fevereiro de 2015

No silencio da noite:

no silencio da noite, nas ruas da minha alma
há uma ansiedade gritante, que clama a tua presença 
meu amor,meu amante,porque demoras, a vir
quando os meus braços nus te esperam.inquietos
estendidos para ti,como serpentes ondulantes,com olhos,
de insónias 
ouço os teus passos incertos,entre a luz recortada,da lua
arquei-me o peito em delírio,sufoco-me no desejo,que rasga,
e queima a carne,embriagada no odor,que exala do teu corpo,
nos meses de estio,sinto dor ciume,amotinados na minha garganta
meus lábios procuram sedentes a tua boca,para acalmar meu coração
golfando,desejos loucos, ardendo em lava escaldante de volúpia
jorrando luxuria,vem e aquieta minha alma, gritante na ansiedade,
da tua ausência




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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Se o tempo quisesse:

se o tempo quisesse rasgar os sonhos
os sonhos voariam em pedacinhos
de papel,tão leves como pétalas de rosas
desfolhadas pelo vento,eu correria para,
os apanhar,colava-os  no tempo,
para que o tempo, fosse capaz de sonhar

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domingo, 15 de fevereiro de 2015

Sempre quis:

Sempre quis que nascesse na palma minha mão
um poema,para que o vento lhe limasse as arestas
quando as mantivesse abertas
um poema liso belo que chegasse ao  coração
através dos olhos que o soubessem ver,dos lábios
que o soubessem sorver, das mentes que o soubessem ler
que acendesse a chama vermelha da excitação
que fosse corda de guitarra,tocada com exactidão
por mãos hábeis que lhe arrancam gemidos tão sentidos
que fizessem o coração sentir,tanta emoção, fazendo os olhos
soltarem lágrimas, de comoção

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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

O mar é grande:

O Mar é grande grande,que se perde no meu olhar
desfila pelo mar uma humanidade inteira,gente
que parte gente que vem,doutros mares,além
da janela do meu quarto que fica no convés desse barco,
embarcam os meus sonhos
no convés desse barco ouço as vozes, que chegam nas ondas,
agitadas das marés,ondas que galgam o meu corpo
à deriva por esses mares,tão grandes
tão grandes, que se perdem no meu olhar,onde eu queria,que dentro dele
se aquietasse esse mar,se aquietasse a ânsia das margens do tempo
querer galgar
vontade que tenho de o sobrevoar,ser um condor e nele deixar ir
os meus sonhos,e o azul do céu transpor
nesta profunda inquietação me agito,banha-me a face a brisa serena
do amanhecer,respiro os odores deste mar que me impregna a pele
dá-me uma abertura imensa para a liberdade de sentir, ver, pensar
sussurra palavras nunca ouvidas,afivela-me os sentidos para não se dispersarem
os meus medos já não são os meus medos
guardo em mim a essência do ser,neste mar abnegado,que me acolhe
no borbulhar da água em bolinhas de ar, onde caravelas de  papel vão navegar

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2015

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Súbitos halos de melancolia:

Imóvel qual crisálida  caída, incapaz de romper o véu,que a transformaria,numa linda borboleta de asas de seda colorida,também os lábios da manhã,ficaram imóveis incapazes de sorrir,na candidez  
selvagem das cordilheiras, ponteadas de branco,na extasiada imensidão azul dum céu frio límpido,arrepia-me o silencio que se faz ouvir ecoando aos meus ouvidos,estou só comigo mesmo
olho este espaço no universo,tão cândido como as pétalas imaculadas das camélias,acabadas de desabrochar,
súbitos halos de melancolia me tomam por inteiro,longe das terríveis tentações da cidade borbulhando vapores,nas noites frias, na amargura de sonhos,sombrios,no fundo das madrugadas
esquecemos-nos tanto de tudo,o que é singelo e belo,vivo emaranhada
numa teia,que a vida me teceu
que não tenho tempo para amar as coisas simples e grandes da vida, não quero morrer sem ter reparado que um dia existi

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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Levas nas tranças:

levas nas tranças lirios roxos de saudade
nos olhos avidez de saberes para onde vais
com vontade destemida caminhas no deserto
árido da tua vida
vais escrevendo poemas,nas pontas soltas do vento
que à revelia do teu querer, rouba-te um beijo
parte brejeiro parando junto ao ribeiro
onde tu paras para beber da água que corre límpida
lavas a alma onde se acalmam os teus sonhos
no borbulhar manso da corrente
onde o sol adormece calmo,cansado de tanto se mirar
na transparência do ar
mas tu não vais olhar, não te queres encontrar com o teu vazio
não te queres ver, na trémula imagem que a água de ti reflecte
dentro de ti uma voz absoluta te manda seguir em frente
tinhas que realizar os teus sonhos
mais alem estão à tua espera mãos brancas de acucenas
que te afagaram o rosto tecendo-te sorrisos nos teus lábios
ouviras o teu nome gritado pela montanha,que estende os braços
e te acolhe no seio tremente de amor
onde os lirios roxos de saudade,se vestem de rosas  de seda
de textura fina e macia,tudo é emoção, guardas o silêncio das palavras
sentidas,mas não proferidas,que tu só as pronunciaste às estrelas
que e alumiaram o teu caminho,reflectindo no teu rosto a catarse do teu corpo

por ukymarques:
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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Floriram nos olhos da madrugada:

floriram nos olhos da madrugada todas as cores do arco iris
abafando as dores e tristeza da angustiante noite carregada
de maus presságios,enquanto se escrevia toda a história da terra
no meu corpo ainda por nascer,todo o universo está lá descrito,
desde a via láctea  até ao mais distante electrão,na gláxia mais,
,perto da terra até ao infinito,que um dia será finito
quando todas as rotações  desgastarem o eixo que as faz girar
na volupia do amor gasto em candeias anelares de células,moribundas
no calor da paixão numa total erupção
vivendo no fio da navalha anda o meu coração passeando-se na corda bamba
onde viver no limite é axaltação suprema


por ukymarques:
2015:

antes do começo  de mim,meu corpo escrevia a historia  da terra
trago nele todos os componentes  do universo

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

flutuam!

Flutuam à aragem da tarde
os juncos junto ao ribeiro
como o ressurgir dos teus
passos deslocados, na aridez
da terra,na solidão absoluta
prenhe de silencio envolta,
em pálidos tulles rendados
a lua caminha só
ocultando a outra face,
para minguem a ver chorar
estamos os três envoltos no silencio
deste cedo anoitecer

por ukymarques:
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