quinta-feira, 9 de agosto de 2012

ao virar da minha  página encontre-te
nessa lonjura  distanciada,de palácios
encantados,onde um rei e  e um príncipe
imaginários,escrevem  nos  seus diários
numa tarde de beleza tristonha
quando o sol descambou , e o rei deixa de
 escrever,a longes terras manda arautos
procurar donzela ainda menina,que ele ade
tornar rainha
rainha me sinto hoje nesta beleza irrequieta
quando me recordo princesa,quando o mar
me invade,e penetra em mim,saboreio-te
nos rochedos dos meus sentires,
quando a água murmura baixinho o teu nome
que eu reescrevo na areia


im..google
pu.uky.marques-
.2012:

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Na tela pintada de muitas cores:

na tela pintada de muitas
 cores
com a lua fazendo fundo
vislumbrei pálido e frio
um marinheiro
boiando no mar,não havia 
rochedo para se agarrar 
as gaivotas não vieram
para o salvar
somente pássaros negros
cruzavam o céu
atraída por um sorriso de
pedra, esbarrei no abismo
do fundo do mar, uns braços
 verdes estendiam-se para me
 agarrar
ao alcance da minha mão estava
o marinheiro a boiar, pálido e frio
sem o puder salvar
e num gesto suave amainou o mar,e fez
 uma cama de espuma para o deitar
e a lua serena  continuava a brilhar
alumiando a tela do meu olhar:

pu uky.marques:
im...google:
2012: 











domingo, 5 de agosto de 2012

Tu poesia que me sufocas:

tu poesia que me sufocas
no grito calado do meu peito
tu desgraçadamente poesia
que me tornas escrava
desta triste elegia
tu poesia que levas em cada
palavra um pedaço de mim
tu poesia que me arrebatas o
coração
na força da palavra dita tesão
no sémen cru da vida parida
dum ventre qualquer,que não
se torne estéril
tu poesia que tens a força dum
vulcão,apazigua a minha alma
deste melancólico lamento
quisera eu, ser janela de vidros
 melancolicamente embaciada
para não ver ao longe a cruz
do meu calvário
tu poesia que desgraçadamente
me desassossegas do meu
assossego
cálice de fel, que me queima
tu poesia que tal como vento poliniza
as flores, tens o poder  de me soltares
o grito com que me sufocas o peito
tu poesia liberta me desta elegia!...

pu uky.marques:
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2o12:

sábado, 4 de agosto de 2012

Longínqua infância:

longínqua infância:

longínqua infância
nos sentires em mim
dos penedos quedos
na linguagem muda
na  dormência da longa
existência
dos odores das serranias
das fragas de mim,é por
isso que ando por aí fora
procurando sentimentos
preciso debulhar o mundo
sentir a brisa das manhas
tocando-me o rosto
sentir o cheiro da vida
 no ventre da terra minha
 mãe
da minha longínqua infância
entrelaço-me nos pensamentos
dos meus sentires
nas giestas  floridas de amarelos
e brancos,nos verdes dos meus
olhos menina
percorre-me a saudade envolta em
ténue neblina espreitando os meus
gestos de menina, no silencio das
vozes que calo em mim,nas ondas
permanentes dum mar sem fim
sou sopro sou luz,sou memória
longínqua nas entranhas da terra

pu..uky.marques.
im uky marques:
2012

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Aportei o meu bote:

aportei ao cais da tristeza
ancorei o meu bote no
ancoradouro da incerteza
vi o meu pais balouçar
nas amarras frágeis, feitas
de nós intrincados,
nos soluços sufocados
na raiva de não puder lutar
contra a prepotência
de quem nos quer aniquilar
andamos quase todos de
 marcha à ré
quase todos ficamos sem ter
onde por o pé
tanto mar tanto azul,que ficou
cinzento
de tanto sofrimento, sem dignidade
 morrem os velhos,porque lhes foi
roubada por uns tecnocratas que lhes
prometem uma morte anunciada
na vez de direitos e da liberdade
conquistada
já não interessa nascer neste cantinho
ajardinado,à beira mar plantado
 são tão salgadas estas lágrimas que o mar
chora! são as lágrimas de um pais destroçado
incapaz de desfazer estes nós, de nós tão
intrincados
quero inventar uma pátria onde eu possa aportar
o meu bote,num ancoradouro de esperança,num
mar azul de verde esmeralda,no balouçar de uma
criança

pu uky.marques:
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p.2012:


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Fantasiei o tempo:

fantasiei o tempo dançando
 no vento
de saia curta,a rir brejeiro
fantasiei o tempo no teu rosto
belo
nas manhas espantadas trazias
o encanto das rosas orvalhadas
nas  tuas tranças douradas
fantasiei o tempo no teu olhar
de um fluido sem igual,majestoso
e suave como o azul do mar
fantasiei o tempo vestido com o teu
sorriso
dormindo nas margens do meu olhar
fantasiei o tempo quando o sol descia
ao poente, na fantasia de um sonho
fantasiei o tempo dançando no vento

im..google:
p 2012:
por uky.marques: