sexta-feira, 30 de maio de 2014

Eu me ausento de ti:

Eu me ausento de ti minha pátria terra
dos cerejeirais rubros,e carnudos frutos
das serranias rejubilando primaveras
dos vales renascendo verdes esperanças
do estio na eira descansando,no canto do
rouxinol
na silenciosa tarde dormita a água parada
no leito do rio,onde se debruçam os freixos
bebendo os aromas da erva cidreira
no balouçar luxuriante do seu corpo feito
sombra
onde os meus olhos anoiteceram tantas vezes
as tardes teciam as suas vestes de  noite de lua
cheia
cravejadas de estrelas baças,no ofuscar do azul  do luar
em subtil linguagem,falam as cigarras,da beleza da lua
em seu brilhar,
meu corpo se ausentou de ti minha pátria terra
mas minha alma se perdeu nos aromas do bosque,onde
se me elevam os sentidos

por ukymarques:
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quarta-feira, 28 de maio de 2014

No calar da pele:

Quando a pele cala o que sente
fazem-se soluçar os desejos
escondidos no silencio da
mente
fazendo bater forte, o coração
na incisiva vontade de galgar os
muros, do corpo ardente
que o separam da nascente, que
corre
seiva do amor presente
brotando Caudais de paixão
nem deixa  que cortem a raiz dos
minerais,ao crepúsculo do corpo
nos lençóis da madrugada,arde em.
chamas a alma
suave erecção,abrindo-se pela carne
no transviar dos sentidos
num golfo de águas exiladas,num corpo
contorcendo-se de prazer,não podendo,
a pele,calar mais o que sente

por uky marques:
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sexta-feira, 23 de maio de 2014

Geranios:

Na minha janela nasceram jeranios
para me perfumarem o caminho ao
longo da minha vida,e brilharem ao
sol
implantando tanta alegria no meu
coração,são flores lindas de tantas
cores que perfumam as nuvens com
seus odores
são geranios os meus amores,cultivados
por minhas mãos,nascidos em noites de
verão velados por um luar
onde resplendecem cheios de lirismo
fazendo inveja às outras flores,que tristes e
e chorosas se queixavam às bávaras rosas
que descalças caminham ao longo da calçada
inebriando-se no perfume adocicado dos geranios
que dormem calmamente ao pé dos mirtilios
encostando a cabeça no colo suave dos lirios
de vestes de seda  purpura esvoaçante
enleados no beijo morno do sol


por ukymarques:
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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Em delirios por mim sonhados:

Dulcíssimo amor, que me delicias com sabores requintados
de prazer
deixo que a noite me envolva, em abraços quentes de ternura
circundando-me o corpo,com leves pinceladas de suaves caricias
até a madrugada chegar,teus lábios auroras risonhas,beijando-me
o ventre onde te retenho
minha alma elevada nas maresias do teu corpo,que incensa os meus
sonhos,teus olhos belos e sedutores,são estrelas cintilantes que me.
alumiam nos labirintos do coração,
ouço o teu riso quando o vento soa,na flauta mágica do amor,onde o sonho
é o fio condutor deste nosso amor,há restos de ti em mim,que me faz tanto
lembrar de ti,não querendo amar-te, amar-te ei para sempre,em delírios por mim
sonhados

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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Lavar d'alma:

Não me movo ao sabor do vento
nem me miro nos lagos de água
turva,sou dona de mim,sou filha
do universo,por isso escrevo o que sinto
mesmo que não calhe em verso

não açambarco o mundo,na arrogância
de tudo saber,sou gente simples,na simplicidade
do meu escrever,escrevo o que me vai na alma
do meu jeito e do meu querer, não sou narciso
quanto muito talvez margarida, o importante
não é o escrever,mas a intensidade de o meu sentir
ao escrever

na humildade da minha sabedoria, sei que nada sei
no meu espaço perceptivo,e sensorial,interpreto
o mundo d'uma maneira só minha, doí-me  nas entranhas
a pérfida maledicência,e bajulação, difusas palavras
que o vento me traz, aos meus ouvidos,são sons sem sentido

num minucioso olhar, vejo no velho espelho, gasto pelo tempo
o rosto da vida fustigado de meandros,onde se quis reler
a história da alma ali reflectida,nas manhãs erguidas à mão
à revelia dos saberes, dedos sussurrando chamas,incendiárias
na  minha  maneira de escrever


por ukymarques:
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quarta-feira, 14 de maio de 2014

O vento Raivoso:

Rasgando as vestes das auroras delicadas
estendeu os braços o vento raivoso,fazendo
em pedaços,os  delicados vestidos de seda
com que se vestiram
lágrimas de tristeza se derramaram sobre as flores,
no orvalho das manhãs,desabrochando extasiadas.
de beleza,fazendo soluçar de desejo o sol que as via
dançar ao toque dos tambores
vagueando pelo espaço das constelações,nas esferas
estelares há uma cama feita de nuvens,onde o sol se deitou
num pranto de clamor,gritou eu vou dançar,com aquelas
flores que dançam ao toque dos tambores,e assim sonhou
desabrochando extasiadas,regadas pelas lágrimas de tristeza
que caíram dos olhos das auroras delicadas,ao verem as suas 
vestes rasgadas,da seda com que se vestiram
também por ti derramam lágrimas os meus olhos amor,quando,
pela madrugada se abriram e não te viram

por ukymarques:
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terça-feira, 13 de maio de 2014

Por mim consentidos:

Busco tanto a  luz que me perco na escuridão
por caminhos dispersos,vou sem tomar direcção
lá ao longe há uma débil voz,que me chama
talvez seja a voz de uma estrela cadente,que se,
magoou,ao cair
triste por não puder brilhar mais,e não ter por onde ir
como se toda a minha vida,fosse feita de imperfeição
busco tanto a luz, que me perco na escuridão
refugio o meu desalento, nos braços toscos do mundo
sufocam na minha garganta,os gritos mudos do tempo
sem aroma as flores do tédio,murcham,desprendendo-se,
da subtileza do perfume
a poalha  dourada da luz amanhecente,envolve-me em afagos
lascivos de pudor contido,na maresia dos sentidos,por mim,
ainda consentidos

por ukymarques
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Sou filha das fontes:

Navego na imensidão azul das águas do mar,
minhas irmãs
mas eu só sou meia irmã, porque sou filha das fontes
por onde as águas doces, passam a cantar
tenho meu corpo sempre em desassossego,
como elas que correm sempre sem parar
correm por montes e vales,mas acabam sempre
a correr para o mar,
invento-me na lonjura do tempo sou irmã do vento
que agita as tempestades,nas acalmias do silencio
onde dói a solidão
eu sei os segredos do mar, e sei das suas mágoas
quando as minhas irmãs,o agitam não o deixando sossegar,
e não tem com quem falar
serei sempre os ouvidos que escutarão com atenção
os queixumes do coração dum mar em aflição
agora o mar está em acalmia
porque me tem em sua companhia,a mim e às  minhas irmãs
por ele me deixa navegar,e sonhar,me reinvento a seu contento
 porque sou filha das fontes que correm ao seu encontro


por ukymarques:
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sábado, 10 de maio de 2014

Nas marés altas do meu corpo:

Nas marés altas do meu corpo
agitam-se as ondas mansas do rio
que corre em mim
quando os sois se sentam à sombra,
do ulmeiro,acariciando-me em afagos
húmidos de frescura,arrepiando-se-me
a pele, ao contacto dos teus lábios
leves toques,de libélula pousando-me
em suaves caricias
teu corpo de sedas vestido,na pele suave
do entardecer,são voos de pássaros
coloridos no meu corpo, ávido do teu
percorrem-me mil tormentas,em tempestades
de luas, quando em mim te desnudas
extasiado na luxuria da carne que me arde

Por Ukymarques:
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