Não me movo ao sabor do vento
nem me miro nos lagos de água
turva,sou dona de mim,sou filha
do universo,por isso escrevo o que sinto
mesmo que não calhe em verso
não açambarco o mundo,na arrogância
de tudo saber,sou gente simples,na simplicidade
do meu escrever,escrevo o que me vai na alma
do meu jeito e do meu querer, não sou narciso
quanto muito talvez margarida, o importante
não é o escrever,mas a intensidade de o meu sentir
ao escrever
na humildade da minha sabedoria, sei que nada sei
no meu espaço perceptivo,e sensorial,interpreto
o mundo d'uma maneira só minha, doí-me nas entranhas
a pérfida maledicência,e bajulação, difusas palavras
que o vento me traz, aos meus ouvidos,são sons sem sentido
num minucioso olhar, vejo no velho espelho, gasto pelo tempo
o rosto da vida fustigado de meandros,onde se quis reler
a história da alma ali reflectida,nas manhãs erguidas à mão
à revelia dos saberes, dedos sussurrando chamas,incendiárias
na minha maneira de escrever
por ukymarques:
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