sábado, 23 de maio de 2015

Os corações:

O
s corações batem ritmos,ora  lentos ora apressados
mas também batidas cadenciadas,sobre a profanação
dum belo entardecer,com os pássaros a voar no firmamento
enquanto o sol se desvanece,em suaves tons alaranjados
e os olhos se perdem extasiados,por esse mundo imaginário
nas batidas cadenciadas dos corações com sentimentos
silenciosos os gestos afundam-se, na religiosidade da terra
inocente
de súbito todo assumiu outro sentido,na poalha dourada da luz
amanhecente,ser tempo certo,erguendo-se do chão, nascem
incalculáveis nenúfares de cristal
e os corações continuam a bater ritmos lentos, ora apressados
na limpidez  do olhar inocente d'uma criança

por ukymarques:
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quarta-feira, 20 de maio de 2015

Sonhos:

Como se os sonhos dançassem, diante dos meus olhos
vestidos de muitas cores,fantasiados de esperança
olhava em volta,e não conseguia ver quem neles entrava
tal era o o seu rodopiar frenético,parecia que precisavam
de ficar entontecidos
ilusões, quimeras,tudo parecia que rodopiava no tempo
esquecido,na caminhada da vida,mas os sonhos continuavam
a dançar,vestidos de muitas cores,indo na onda ondeante,
da fantasia,esperando que as vagas, altas das marés,se acalmem
para que eles continuem a dançar,fantasiados de esperança
nas acalmarias da bonança

por ukymarques: 
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sábado, 2 de maio de 2015

Peço-te que inventes outro Abril:

Peço-te que inventes outro Abril
para que o povo tenha a segunda
chance de gritar viverei a liberdade
sem ser preciso imigrar
para que não seja preciso suplicar
ternos milagres impossíveis
para que se ascenda dentro do peito
da gente,a vontade de ser  português
temos a alma cheia de sorrisos vazios
encontramos-nos num beco sem saída
do chão erguem-se fantasmas do medo
do ter que abandonar a família, a terra
mãe,tão mal tratada,neste outro Abril
que deu em nada
lágrimas derramadas caídas no chão
dos que ficam sem o pão,partem os
filhos os netos toda uma multidão
uns vencem outros não,tantos sonhos
envenenados,partem para longe querendo
querendo fugir da penúria cruel
de ficar sem casa sem nada
partem nos transes da aventura,porque lhes foi
negada a liberdade,de ser gente com dignidade
por isso te peço que inventes outro Abril
para que não seja preciso mais ausências deste
portugal quase vazio



As palavras:

Livres como o vento são as palavras
que invento
quando se desenham,na terra flores
lavo as manhãs e os dias, com palavras,
depois deixo-as ir, como pena de pássaro
tocada pela brisa suave do vento
com palavras me ergo e me reinvento
como eu gostava de ser todas as coisas
e ser  coisa nenhuma
gostava  de ser sombra dos teus seios, e da tua boca
sombra  das árvores para refrescar os teus beijos
da-me a tua mão,deixa que caminhe contigo
nesta minha solidão,
depois fica comigo.a ouvir esta melodia do silencio
abrigados da chuva,agora sem palavras inventadas
as palavras são a seiva do amor,também da ilusão
prenhes  de luz, são as palavras que nos seduzem
atravessa-me o corpo, um rio de palavras,que ficam
muitas vezes sufocadas,
e contidas, na minha garganta


Por ukymarques:
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