quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Acalma-se a fúria do trovão:

Acalma-se a fúria
do trovão
soam doces gotas
d'água
repousa manso
o vento
e o céu escurece
envolto em poalha
fina
desce  a noite sob
os gnomos,que se
escondem nas florestas
erectas de labirintos
sem fim
emergidos em  deleitosas
essências
das coisas misteriosas
do génises
que se perpetuam diluindo-se
na atmosfera
impregnando o ar de harmonia
no cálice da flor
envolvendo o universo em magia

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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Serás terra mar e fogo:

Serás terra mar fogo
serás vulcão incendiário
lava incandescente
magma errante
serás chama na noite
escura
serás cansaço e perigo
até encontrares um sossegado
leito
onde possas dormitar
ser o teu porto de abrigo
sem receio de atirares-te
nos meus braços
enquanto os mares acalmam
as tormentas
e quentes os teus beijos queimando
que foram sonhados em desejos
meus
ouviremos as
tágides lindas melodias
cantando
em deleitosos êxtases rejubilemos
na magma  da paixão  lirios roxos
nascerão

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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Não me peças palavras:

Não me peças palavras
deixa a vida exprimir-se
sem disfarce
deseja e sê desejada deixa
sentir-te amada
deixa que as nossas línguas
se busquem desvairadas
perdendo-se na boca confusas
trocando beijos e gemidos
até se toldarem os sentidos
navegaremos nas ondas  do
mar agitado
arrebanhando sonhos sentindo
nos pés os beijos a saber a sal
ficaremos à deriva  salivando nossos
rios
peço-te acolhe-me no teu seio
deixa-me sentir também amado
ainda que o grito sufoque na minha
garganta
e a aurora indecisa demore viajaremos
ao sabor do vento
na leveza do nosso pensamento no amor
feito momento

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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A flauta do amor:

Nos embalos  lascivos da madrugada
o sol envolveu a terra num beijo
fecundo
despertando as ninfas adormecidas
dum sonho elegiáco que as mantinha
escondidas entre as bênçãos indolentes
das árvores
que projectavam a sombra esquelética
dos seus braços descarnados,sobre as
águas quietas e pálidas  do lago
perfumadas de nenúfares que lhes aromatizava
a nudez celeste dos corpos, quando o vento sopra
a flauta do amor

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domingo, 23 de fevereiro de 2014

Exalo o perfume das manhãs:

Exalo o perfume das das manhãs
no orvalho retido  nos olhos d'aurora,
madrugadora,espelhada no rosto do sol
que se expande na serenidade das águas
mansas do mar
onde nereidas gentis,entrelaçam em lindas tranças
o cabelo desgrenhado do tempo,sempre criança
que nasce a cada instante,nas estrelas prateadas
que habitam o infinito,do meu olhar
do qual um fio se desenha,e me leva até à gondola
ancorada nas nuvens acasteladas por entre os sopés
das montanhas,até me perder nas transparências lívidas
do ar

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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Nas cercanias do gesto:

Diluem-se  no manto pálido do entardecer
nas cercanias do gesto diáfanos sóis
nos sulcos do tempo as vestes purpuras 
dos lírios nos silêncios da sua nudez
despojados do aroma subtil com que
perfumavam as manhãs de seios firmes
desafiando o universo

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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Anoitece na minha alma

Anoitece na minha alma meu corpo
clama a tua companhia amor, na solidão
da noite
quero sentir o calor dos teus  lábios
roçando os meus
despertares em mim desejos loucos
tão loucos
ficar fora de mim amar-te sem sentido
num amor desmedido
quero ter-te nos meus braços envoltos
em nuvens de tules
ficar doido, doido de tanto te querer
feiticeira da minha vontade
que me enfeitiças com esse teu lânguido
olhar
queria que teu corpo fosse  minha guarida
deixa-me ficar escondido em ti
como se estivesse a sonhar afagando-me
nos teus cabelos
desfolhando-te em beijos como se fosses
a mais linda das flores
em teus rubros lábios teu doce néctar sorver
embriagando-me
em delírios apaixonados deixar-me enlouquecer
de alma perdida amar-te até morrer de prazer

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sábado, 15 de fevereiro de 2014

No Canto das Sereias:

No canto da sereia nas ondas do mar
há a inquietude no vento a sibilar
na ténue  luz do entardecer dobrado
sobre os salpicos de espuma na areia
a borbulhar

no silencio das marés retenho o meu olhar
na busca do farol que me guiará no caminho
até te encontrar
naufragarei também nas excelsas vontades
que me fazem mergulhar até te achar

na agigantada luta que travarei por ti!nas ondas
ciumentas que te querem cativa
agarrarei o teu corpo desfalecido nos meus braços nus
num amor desmedido,na turbulência do meu corpo
eu sentirei que estás viva

e assim te resgatarei às ondas dondas do mar que se acalmaram
to teu doce olhar

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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

São teus traços:

São teus traços tão leais
ao meu olhar meu amor
que estou a verte
na imagem ilusória
da mente

elevo-me na beleza
das praias solitárias
recordando nossos
venturosos dias

onde minha alma goza
terno delírio que me faz
sentir o teu perfume
na onda que o mar exala

amo-te quando no nosso leito
desfeito me deito
espero ouvir o roçar do teu vestido
nos ruídos que chegam aos meus
ouvidos

o meu coração triste aguarda
melancólico a tua chegada
onde iremos fundir nossos corpos
na beleza nua das praias imaginárias

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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

sobre a terra derramam as nuvens
lágrimas
em dias pardacentos,no frio inerte
das coisas  vivas
tão solitárias nos silenciosos vales
onde os olhos rasgados das manhãs
não vêem a luz das madrugadas
sentindo a falta dos beijos do sol
na brisa das manhãs

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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Aí como eu queria:

Ai como eu queria vestir
as palavras
de seda macia e arminho
para que tu ao ou-vilas
as achasses leves e macias
como o canto das cotovias
aconchegando os filhos no ninho
palavras de seda vestidas
na singela nudez do meu corpo
exposto à frieza do teu olhar
depois de o desejo saciado
onde antes pediste guarida
olhas-me agora,como se fosse
uma rosa desfolhada
que perdeu o aroma,fina essência
evaporada
pelo teu olfacto ignorada,ai como
eu queria vestir as palavras,de seda
e arminho para que tu ao ou-vilas
as achasses leves e macias,como o canto
das cotovias
aí como eu queria  tanto que tu me devolvesses
 o teu intenso e quente olhar

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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Do instante breve e puro:

Do instante breve e puro
em que o dia se esvai
e nasce a lua
espiando nosso amor
o luar atravessou nossos
sonhos
do momento feito horas
no sossego da nossa rua
no aconchego do nosso
quarto
na tempestade incendiaria
dos nossos desejos,na procura,
faminta das nossas bocas
na sofreguidão dum beijo
no deslizar suave das nossas
mãos
tocando-nos em carícias de veludo
no despertar das madrugadas
abandonados de nós,entre lençóis
desgrenhados
como um barco à deriva esquecido
da sua rota,deixaremos-nos ficar
estonteantes de fome
até o dia amanhecer,envolvidos,
no amor cálido dos nossos corpos

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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Tremeria a Terra :

Tremeria a terra  cheia de frio
se tu ó sol deixasses de brilhar
seria como a água  parada no rio
e os peixes não pudessem nadar

contra as nuvens incendiárias
sobre as membranas da terra
marés vivas,tornando-se Párias
num mundo em guerra

seria como o aloendro sem
florir
as paisagens ficariam tristes
sem o colorido das flores
seria um coração doendo
na primavera a sorrir


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sábado, 1 de fevereiro de 2014

Que Bem eu te quero Portugal:

Caiem dos meus olhos lágrimas doces com sabor a sal
brotam das entranhas de mim!
em gritos de revolta aprisionados no meu peito
em tamanha agitação,queimando-me como cal
que bem eu te quero meu Portugal
esquartejado desmembrado,corre o teu sangue
pelo mundo fora,nos teus filhos que todos os dias
partem carregados de pesares,daqueles de quem se apartam
cântaros de sonhos,que se esvaziam, amores,que se deixam ficar
acabando por murchar,sol a brilhar fraco nos mármores brancos
das almas que fugiram
na terra árida de esperançara,deste pais!ainda Ser um Imenso Portugal
conchinhas de brincar jazem no areal partidas,são lágrimas de marinheiros
que desbravaram sete mares,navalha que não cortava a vontade de navegar
na noite de silenciosos quereres,desbaratam-se as vontades perdidas nas estradas
da vida
sem direcção definida, rosas desventradas sem perfume, espalhadas pelo chão
deste lindo roseiral que foi este lindo Portugal
lindos alaranjais à beira mar plantados,a florir nos aromas da flor  de laranjeira
nos ramos das meninas casadoiras, que já nem parem meninos cheios de esperanças
enchendo o ar com brincadeiras de criança a florir nas traquinices da infância
sufoco no grito da raiva que trago em mim...

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