cantarias desordenadas das portas
que anulam a beleza,imaginaria
das transparências das pinturas,
interiores, dum corpo sonhador
troncos de estátuas,sem braços
juncados pelo chão,onde jaz
uma barcaça esquelética, fazendo,
lembrar,os dias gloriosos
dum mar cheio de glória,
mar fecundado,tão rico e tão longo
cheio de vida,pulsando alegre,no som
dos apitos nas manhãs,de densa neblina
antes de aportar ao cais
onde se desnuda dos apetrechos,entre o céu,
a terra,empalidece a tarde, triste e só, fica
ali a barcaça esquelética,outrora tão cheia de glamour
abandonada e desiludida,já não é dia,de folia,
agora só há noites para pensar
voltei-me para trás para ver se voltavas
mas nem sequer consegui ver,as cantarias desordenadas
das portas suspensas,do jardins do meu ego
apenas os meus olhos,tristes,ficam parados ,
sem fitar coisa nenhuma,áh! mas ainda me resta
o cheiro à maresia do teu corpo com sabor a vida
por ukymarques
Pub 6/4/2018:
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