parada nos retratos de rostos sem figuras
esbatidos no tempo como as ondas do mar
contra os rochedos
tenho a alma cinzelada de lindos rendilhados
já esburacados, onde se vêem os retratos de
amores desfeitos nos restos de vitrais
pintados num tempo que se perdeu
num leito de nevoeiro branco como a neve
ouço o meu grito aflito na tinta que deles
escorreu
tenho o sono preso na noite nos muros da minha
solidão, por onde o vento não passa para me dar
mão
nas tormentas dum sonho sufocado numa agitação
nos silêncios das vozes caladas nas pedras cinzeladas
por muitas mãos
uky.marques:
im..google:
pu...19/2/2012:
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