segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Quero ver-te depois do sol se por:

quero ver-te depois do sol
 se por por entre os trigueirais
 linda tecedeira
quero ver-te mais logo à noitinha
quando alua alumiar 
o teu cabelo cor de ouro
quero que teças o meu nome
 com fios do teu cabelo
linda tecedeira que sem folgo 
me deixas
só por ti  divago pelo mundo cheio
 de ansiedade
e nem sequer te lembras que os meus
  olhos  estão cansados de tanto
 te procurarem 
na noite que se incendeia no dia
escuto a roda do teu tear no galope
 do meu cavalgar
nas crinas do vento ouço a tua voz
nas estrelas que guardam a manhã
vejo os teus pés tão leves tocarem a roda
 do teu tear como se fossem pássaros a 
voar
no jardim onde nascem as  minhas ilusões 
 num  prado verde de esperança no meio
de tanta  fragancia
deixa-me ver os teus olhos gárços que 
guardo no meu peito
fia no teu fuso o fio de linho ainda por dobar
com que me podias  amar
para teceres o  teu amor no teu tear
nas neves do teu doce olhar para me poderes
 amar

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