se por por entre os trigueirais
linda tecedeira
quero ver-te mais logo à noitinha
quando alua alumiar
o teu cabelo cor de ouro
quero que teças o meu nome
com fios do teu cabelo
linda tecedeira que sem folgo
me deixas
só por ti divago pelo mundo cheio
de ansiedade
e nem sequer te lembras que os meus
olhos estão cansados de tanto
te procurarem
na noite que se incendeia no dia
escuto a roda do teu tear no galope
do meu cavalgar
nas crinas do vento ouço a tua voz
nas estrelas que guardam a manhã
vejo os teus pés tão leves tocarem a roda
do teu tear como se fossem pássaros a
voar
no jardim onde nascem as minhas ilusões
num prado verde de esperança no meio
de tanta fragancia
deixa-me ver os teus olhos gárços que
guardo no meu peito
fia no teu fuso o fio de linho ainda por dobar
com que me podias amar
para teceres o teu amor no teu tear
nas neves do teu doce olhar para me poderes
Sem comentários:
Enviar um comentário