ó triste solidão
no calar do teu silêncio
terra adormecida
na noite escura de breu
sombras fantasmagóricas
bailam ao sopro do vento
agigantam-se medos
germinam-se segredos
solta o mocho o seu grito
ficou seco o poço
no calor ardente
ficas inquieta
na angustia que sentes
calas o teu pranto
as nuvens correm depressa
amedrontadas
soltam lágrimas de dor
que tu bebes sôfrega
soltas os cabelos
rasgas as vestes
lavas-te nelas
para ti são lágrimas doces
pela angustia que sentistes
pelos filhos que pariste
as nuvens correm depressa
lá longe ouvem-se vozes
são os teus filhos! abres-lhes
os braços
cabem-te todos no regaço
cheiras bem! tens o cheiro de mãe...
pub.UKY-Marques:21/6/2011:
Foto UkY.Marques:
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