muitas curvas ao longo
da estrada
curvas percorridas ao longo
de uma vida
finalmente uma recta lá ao longe
será que é o fim?
o que sabemos não o sabemos
grande mágoa sentida
no filosofar de uma cantiga
numa manha de nevoeiro
soltam-se ais de espanto
não se vê nada
tudo é cinzento e nublado
não se sabe por que lado
se hade ir
e o pensamento pasmado
fica ali parado
o som do vento dormita
à beira da estrada
os eus ficam sem saber nada
e contra as vidraças estilhaçadas
da vida
onde o desassossego não para quedo
as esperanças morrem de tédio
murchas as rosas do jardim
deitam-se no chão
desabrochadas desfolhadas
e pisadas
choram lágrimas da incerteza
desta grande confusão
neste mundo de tamanha decepção
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25/7/2011:
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