dentro do silencio que habito ouvi o tempo dizer, não tenho tempo para morrer estendo-lhe as mãos vazias do tempo que deixei fugir, e digo-lhe não me resta muito tempo do tempo que me des-te para mim, deixei-te ir não me apercebi que tempo só há um, porque tu bates-te-me à porta e eu não abri estava sem tempo para ti! olho no espelho já gasto e vejo o meu rosto desvanecido marcado pelas rugas que o tempo me deu,disse ao tempo volta para trás apaga do meu rosto estes traços vincados dos meus olhos dos meus lábios, dá-me o brilho dos meus cabelos, penso em ti a toda hora costumo dizer no meu tempo como se o tempo fosse meu! ou eu tivesse tempo modificaste a linha dos meus olhos, não me vejo com tempo para viver todo o tempo que preciso, queria te agarrar não te desperdiçar queria tanto ter tempo para te apreciar,mas estendo-te as minhas mãos cheias de nada, sem o tempo que não souberam reter...numa voragem bruta desenhas-me na testa e na face
pequenas rugas com que me presenteias....
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