terça-feira, 24 de maio de 2011

Solta-me

Solta-me para que eu possa correr livremente

quem te disse que é a ti que eu sigo

corro sem parar~preciso de me encontrar

ando perdida de mim

no coração tenho uma recordação de correr livremente

com os cabelos soltos ao vento

por montes e vales nas ribeiras de águas cristalinas

correndo livremente até aos rios que corriam para o mar

solta-me não me prendas acende-se-me o desejo de correr

sem parar

por entre tapetes de lindas flores bordados de todas as cores

sobre a terra atapetada .corro descalça sinto a delicadeza da tapeçaria fina

sob os meus pés

cândida donzela entretinha-me a ver o cisne no lago

o cavalo que corria livre com as crinas ao vento

pelos sombrios mantos da grande floresta agrestes árvores erguidas aos céus

o vento trazia com ele uma aragem perfumada de tílias e jasmim todos os cheiros

da primavera em flor estavam ali para perfumarem o meu caminho

imaginava-me numa longa caminhada por mar ou por terra eu queria partir

correr livre queria me esconder para ninguém me ver entrar no mar

por entre as vagas ondas caminhar olhar o azul dos céus que a minha vista

vislumbra queria ver as estrelas na noite a brilhar a lua que me convidava

a partir levando-me pela mão deixo-me ir não foi por ti que corri foi por mim

para me encontrar

imagem..google ;: UKY.Marques::


    • António Antunes Interessante demonstração do lirismo romântico na subjetividade e na centralidade no sujeito poético, que busca exprimir-se e revelar-se com o uso do verso. Adorei!
      há 18 minutos · ·  1 pessoaGostas disto.
    • Uky Marques BEM-HAJAS ANTÓNIO!! EU GOSTO DO EU PORQUE MUITAS VEZES SOU O SUJEITO... FORAM MOMENTOS DA MINHA VIDA...E UM POUCO DE LIRISMO E ROMANTISMO CLARO...BEIJINHO ANTONIO AMEI A SUA POSTAGEM....
      há cerca de um minuto ·

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